Pepista acusou tucano de fazer pressão a empresários, enquanto senador disse que governo é inoperante.
O candidato ao governo Marconi Perillo (PSDB) e o governador Alcides Rodrigues (PP) intensificaram a troca de ataques nos últimos dois dias. O pepista endureceu as acusações contra o tucano, chegando até a denunciar pressão sobre empresários para que paralisem obras do governo.
Em visita a Anápolis, para vistoria das obras de construção do aeroporto de cargas, Alcides fez a denúncia, mas evitou apontar nome. "Não é preciso falar o nome. Todo mundo sabe quem é", disse. A própria assessoria do governador divulgou que o "recado foi claramente direcionado a Marconi Perillo".
O governador já havia denunciado anteriormente pressão sobre prefeitos por apoio na campanha. Na noite de terça-feira, em evento da Federação das Indústrias de Goiás (Fieg), Marconi também fez provocações sem citar nomes. "Se eleito, não deixarei o controle da administração à mercê de terceiros. O governador não delegará sua função e não terceirizará o Estado. Ele exercerá em sua plenitude a sua liderança", disse, em referência ao ex-secretário da Fazenda Jorcelino Braga.
Mais cedo, em evento no Tribunal de Justiça, Alcides disse que não se sentia atingido pela crítica e que o senador está "estressado". "Eu não creio que essa crítica seja direcionada a mim porque sou governador de fato e de direito. Eu não quero polemizar com o senador, até porque, ele está muito estressado ultimamente, está numa disputa eleitoral e está caindo nas pesquisas e isso justifica suas ações e também os adjetivos que ele usa para fazer críticas", afirmou.
O governador disse que o crescimento de seu candidato, Vanderlan Cardoso (PR), incomoda o adversário. "O quadro mostra que as coisas estão mudando. Tem gente que pensava que já tinha ganhado as eleições e o humor por lá é o pior possível. Estão vendo que o terreno está fugindo dos seus pés. Estou muito contente com o decorrer da campanha. Meu candidato está subindo nas pesquisas. Quem estava em primeiro está despencando e vamos trabalhar até o último momento."
"Desculpa"
Em inauguração de comitê ecológico suprapartidário, ontem à noite, no Jardim Goiás, Marconi afirmou que não tem poder para parar ou dificultar obras e que a declaração de Alcides "deve ser uma desculpa para justificar o injustificável, que é a inoperância do governo".
Para o tucano, "eles (do governo) não estão conseguindo entregar o que prometeram e procuram culpados".
Marconi traduziu a denúncia de Alcides como "preocupação por parte deles" em relação ao resultado das eleições e cravou: "O governo dele está no fim, acabou. Ele tem de entender isso".
Questionado se o governador busca atuação semelhante a do presidente Lula, que ataca o candidato da oposição José Serra (PSDB) nas eleições presidenciais em prol da candidata do governo Dilma Rousseff (PT), o tucano respondeu: "Com uma diferença muito grande: o Lula tem prestígio. Prova dessa diferença é que o candidato chapa branca dessa eleição (em referência a Vanderlan Cardoso) está escondendo o governador".
O evento no comitê ecológico reuniu integrantes do PV, PP, PMDB, PRP e PSDC. Marconi agradeceu o apoio dos militantes em prol do meio ambiente e elogiou a presidenciável Marina Silva (PV). "Apoio o Serra, mas vejo a Marina também como uma grande candidata."
Compromissos
O governador teve três compromissos pela manhã. Além da visita a Anápolis, ele entregou alvarás para o pagamento de precatórios a idosos e doentes graves, juntamente com o presidente do TJ, Paulo Teles (leia mais na página 2) e foi a evento de entrega de 340 toneladas de grãos colhidos pelos agricultores beneficiados pelo Programa Lavoura Comunitária, safra 2009/2010. Na solenidade, Alcides disse que o Estado está cumprindo o seu papel com recursos do Tesouro Estadual e pagando em dia.
Fonte: O Popular
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