Uma semana após ter sido criticado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em comício da presidenciável Dilma Rousseff (PT) em Valparaíso, o senador e candidato ao governo Marconi Perillo (PSDB) quebrou ontem o silêncio.
Em café da manhã promovido pela Associação dos Jovens Empresários (AJE-Goiás), Marconi comentou declarações de representantes de entidades ligadas ao setor produtivo, vista como um desagravo a ele pelos ataques de Lula. No comício, Lula, por exemplo, responsabilizou o senador pela atual crise na Celg.
“Nós não podemos ter no Brasil um processo de mexicanização ou de venezuelização do País. Não serve a ninguém exterminar a oposição”, disse Marconi ao HOJE na saída do evento. Em síntese, as duas denominações significam a tentativa de perpetuação de regime de um partido único, quebrando as normas legais e reduzindo a oposição a pó, a exemplo do que ocorre naqueles países.
“Um dos motivos que fizeram com que o presidente me agredisse, aqui (no comício) e em outras ocasiões, foi o fato de eu ter votado contra a CPMF”, afirmou o senador. Em dezembro de 2007, Marconi se juntou a outros 44 senadores para derrubar a proposta que previa a prorrogação da cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).
Com isso, o chamado “imposto do cheque” deixou de arrecadar, por ano, cerca de R$ 40 bilhões. “Se eu tivesse que votar tudo de novo, fazer o mesmo discurso que irritou tanto as pessoas, eu faria. Eu sou contra aumento de impostos, sou contra carga tributária elevada”, afirmou.
Para ele, a forma de atuar no Congresso irrita quem não quer políticos altivos e independentes. “Às vezes as pessoas querem cordeiro e eu não sou cordeiro”, sustentou, dizendo que não foi eleito com dois milhões de votos para repetir os que os outros fazem ou para ser cooptado com o oferecimento de empregos, cargos ou ser contemplado com obras. “A minha vida inteira foi de muita coerência. Eu acredito no que faço, acredito no projeto do meu partido e pronto.”
Em que pese as críticas do presidente Lula, Marconi assegurou que continuará defendendo as suas teses. “O Brasil precisa ter uma carga tributária mais baixa para sermos competitivos, gerar empregos e ter um ciclo de desenvolvimento estável.” O tucano também defendeu o diálogo para compatibilizar os interesses do setor produtivo com políticas públicas, facilitando a vida do setor empreendedor.
Fonte: O Hoje
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